CNE aprova novas regras para educação em tempo integral

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A educação em tempo integral no Brasil acaba de ganhar novas diretrizes com a aprovação da Resolução CNE/CEB nº 7/2025, publicada em 4 de agosto. 



O documento estabelece regras e orientações para que escolas públicas e privadas da educação básica – da Educação Infantil ao Ensino Médio – ofereçam uma jornada ampliada com equidade, qualidade e integração entre áreas do conhecimento e políticas públicas.

Mais do que aumentar o tempo dos estudantes na escola, a proposta reforça a importância de uma formação integral, que envolva o desenvolvimento acadêmico, emocional, social, ético e cultural dos alunos.

Mas o que muda, afinal, com essa nova resolução? E como ela afeta o dia a dia das famílias e dos estudantes? Continue a leitura para entender o que diz a nova norma e como ela é prevista na legislação brasileira.

Neste artigo você vai ver:

  • Qual é a proposta da nova educação em tempo integral?

  • O que muda com a nova resolução sobre educação em tempo integral?

  • O que diz a lei sobre a educação em tempo integral? 

  • Quais são os benefícios e desafios para os alunos?


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alunos estudando na biblioteca

Qual é a proposta da nova educação em tempo integral?

A proposta é que o ensino integral vá além da ampliação da jornada escolar. O foco está em uma formação mais completa, com atividades interdisciplinares que dialoguem com a comunidade e outras políticas públicas, como saúde, cultura, esporte e assistência social.

Aprovada na última segunda-feira, 4 de agosto, pelo Conselho Nacional da Educação (CNE), por meio da Câmara de Educação Básica (CEB), a nova resolução CNE-CEB estabelece diretrizes para escolas públicas e privadas.

O objetivo da resolução é orientar a implantação, o acompanhamento e a avaliação da jornada escolar em tempo integral.

Nesse sentido, a nova proposta de educação integral prioriza:

  • Atividades interdisciplinares

  • Conexão com a comunidade local

  • Integração com políticas públicas

O documento traz uma nova abordagem para o conceito de integralidade. Segundo o MEC, a mudança representa um avanço, pois atualiza o texto anterior com base nos aprendizados acumulados nos últimos anos.

“Atualizamos nesta resolução os sonhos e as utopias de longa duração que temos em torno da potência transformadora da educação integral e, agora, vamos trabalhar intensamente por sua implementação em cada rede de ensino do Brasil"
— Alexsandro Santos, diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica

Os sistemas de ensino terão 180 dias para revisar suas normas e se adaptar às diretrizes. A resolução já está em vigor.

O que muda com a nova resolução sobre educação em tempo integral?

A nova resolução CNE-CEB trouxe mudanças importantes para o modelo de educação em tempo integral. Uma das principais é o aumento da carga horária mínima para 35 horas semanais ou 7 horas diárias, fortalecendo o compromisso com uma formação mais completa e conectada à realidade dos estudantes.

Além da ampliação da jornada, o texto normativo atualiza os princípios que orientam a política de educação integral. Entre os destaques estão:

  • Garantia de acesso, permanência e participação dos estudantes;

  • Condições adequadas de aprendizagem;

  • Promoção do desenvolvimento integral dos alunos;

  • Respeito à diversidade étnico-racial e sociocultural;

  • Gestão democrática e eficiente dos sistemas e instituições de ensino.

Como destaca o texto da resolução:

“A proposta de educação em tempo integral não pode se limitar à ampliação da jornada escolar, mas deve promover a formação integral dos estudantes, considerando suas múltiplas dimensões e contextos.”

Quais as 6 estratégias para garantir a efetividade da educação integral?

Para colocar em prática essas mudanças, a nova resolução propõe seis estratégias essenciais que devem orientar as redes e escolas:

1. Acesso e permanência com equidade

Garantir matrícula e acompanhamento de todos os estudantes, com foco em ações de busca ativa e prevenção à evasão escolar, especialmente nas regiões mais vulneráveis.

2. Gestão democrática da política de educação integral

Valorizar a escuta ativa de toda a comunidade escolar, incluindo estudantes, famílias e educadores, no processo de planejamento e tomada de decisões.

3. Articulação intersetorial com os territórios

Integrar a escola a outras políticas públicas (como saúde, cultura e assistência social) e fortalecer parcerias com organizações comunitárias e sociais.

4. Currículo e práticas pedagógicas integradas

Superar a separação entre turno e contraturno, garantindo que os alunos participem ativamente de todas as atividades escolares de forma integrada e significativa.

5. Valorização dos educadores

Assegurar boas condições de trabalho, formação continuada e jornada adequada aos profissionais da educação envolvidos na proposta de tempo integral.

6. Monitoramento e avaliação contínua

Promover o acompanhamento constante da política de educação integral, com a participação da comunidade escolar e ampla divulgação dos resultados alcançados.

O que diz a lei sobre a educação em tempo integral? 

A educação em tempo integral está prevista em diferentes marcos legais brasileiros. 

alunos em atividade extracurricular de pintura

Esse modelo é reforçado em diversas políticas públicas, como:

  • O Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece como meta ampliar progressivamente o número de matrículas em jornada ampliada na educação básica.

  • A atuação de programas federais, como o Programa Escola em Tempo Integral (ETI), que apoia financeiramente os estados e municípios para ampliar a oferta.

Essa proposta está alinhada à ideia de oferecer uma formação mais completa, que vá além dos conteúdos tradicionais e contemple aspectos físicos, sociais, emocionais e culturais do desenvolvimento dos estudantes.

Importante: a legislação entende a educação integral como um instrumento para combater desigualdades e melhorar os indicadores educacionais do país.

Além do PNE e do ETI, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) também reconhecem a importância da ampliação da jornada escolar, especialmente como meio de combater desigualdades e melhorar os resultados educacionais.

O que é o Programa Escola em Tempo Integral?

O Programa Escola em Tempo Integral (ETI) é uma iniciativa do Ministério da Educação, com o objetivo de incentivar a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica.

Ou seja, ele é um mecanismo prático para que a educação em tempo integral se torne realidade em mais escolas brasileiras.

Principais pontos sobre o ETI:

  • É uma estratégia de indução, ou seja, estimula os sistemas de ensino a ampliarem as matrículas em tempo integral.

  • Prioriza territórios de maior vulnerabilidade socioeconômica e com histórico de exclusão escolar.

  • Conta com repasse de recursos federais para estados e municípios que aderirem ao programa.

Quais são os benefícios e desafios para os alunos?

A nova resolução sobre educação em tempo integral traz impactos diretos no dia a dia dos estudantes e suas famílias. 

Veja o que muda na prática:

Benefícios para os alunos

  • Formação completa: mais tempo na escola significa aprendizado acadêmico aliado ao desenvolvimento social, emocional e cultural.

  • Atividades diversificadas: além das disciplinas tradicionais, os alunos participam de oficinas, esportes, projetos interdisciplinares e mais.

  • Ambiente acolhedor: a proposta prioriza espaços que respeitam a diversidade e trabalham a inclusão, favorecendo o bem-estar dos estudantes.

  • Acesso ampliado: a jornada deve ser garantida a todos, com foco especial em estudantes em situação de vulnerabilidade.

menina segurando livros em uma mão e um relógio na outra

Principais desafios

  • Adaptação à nova rotina: o aumento da carga horária exige ajustes na rotina familiar, como alimentação, transporte e horários.

  • Garantia de qualidade: para que a ampliação do tempo seja realmente proveitosa, a escola precisa oferecer uma proposta pedagógica integrada e qualificada.

  • Equilíbrio emocional: o tempo maior na escola deve considerar momentos de descanso e socialização para evitar o cansaço excessivo.

Considerando benefícios e desafios, a nova resolução representa um avanço importante na busca por um ensino mais completo e inclusivo. 

Como vimos, ao estabelecer diretrizes para a carga horária e o currículo, a medida tem o potencial de transformar o dia a dia de milhares de estudantes, garantindo mais tempo de aprendizagem, apoio pedagógico e desenvolvimento integral.

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